Em 26 de agosto de 1743 nasceu o químico francês
Antoine Laurent de Lavoisier. Filho de uma família que pertencia à nobreza
francesa teve uma excelente educação, estudando nas melhores escolas francesas.
Em 1764 graduou-se em direito, mas nunca exerceu a profissão.
Lavoisier tinha um grande interesse pelas ciências, o que o estimulou durante o seu curso universitário a assistir aos cursos de professores conceituados ligados à área de ciências; talvez o direito tenha perdido um bom advogado, mas a química ganhou um de seus mais célebres cientistas.
Lavoisier tinha um grande interesse pelas ciências, o que o estimulou durante o seu curso universitário a assistir aos cursos de professores conceituados ligados à área de ciências; talvez o direito tenha perdido um bom advogado, mas a química ganhou um de seus mais célebres cientistas.
Lavoisier dedicou-se a uma variedade de serviços
sociais e científicos.Em 1768 associou-se à Ferme Générale, uma organização de
financistas que,através de um convênio com o governo, o direito de coletar
exercia impostos relativos a um grande número de produtos comerciais. A
cobrança de impostos era altamente repressiva, pois a nobreza e o clero estavam
isentos de impostos. Estes eram pagos por aqueles que não eram nem da nobreza
nem do clero, ou seja, os que pertenciam às classes sociais inferiores. Esse
sistema não era só opressivo, era também corrupto. A ligação de Lavoisier com a
Ferme Générale e seu envolvimento com o governo monárquico eram muito malvistos
pela população e não passaram despercebidos no clima conturbado da França
pré-revolucionária. Essa associação acabaria por custar-lhe a vida. Lavoisier
foi preso e acusado de peculato. Julgado culpado, foi conduzido à guilhotina e
executado em 8 de maio de 1794. Comenta-se que, no dia seguinte, o famoso matemático
Joseph-Louis Lagrange teria dito: "Não necessitaram senão de um momento
para fazer cair essa cabeça e cem anos não serão suficientes para reproduzir
outra semelhante".
Lavoisier é conhecido como o introdutor da Química
Moderna. Em 1789 lançou uma publicação que é considerada o marco da Química
Moderna, "Tratado Elementar da Química", que logo foi traduzido para
várias línguas.
A freqüente utilização da balança pode ser
considerada uma das principais características do trabalho de pesquisa de Lavoisier.
Isso o levou à descoberta da importância fundamental da massa da matéria em
estudos químicos, o que fez concluir que a soma das massas dos reagentes é
igual à soma das massas dos produtos de uma reação, ou seja, a famosa "Lei
da conservação das massas". Lavoisier criou uma nomenclatura das
substâncias químicas semelhante à que ainda está em uso; surgiram, assim, os
compostos do oxigênio, enxofre e fósforo, respectivamente. Deve-se a ele também
a conclusão de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e
oxigênio. Isso, na época, foi surpreendente, pois a água era tida como
substância simples, ou seja, impossível de se decompor.
A partir da publicação do "Tratado Elementar da
Química" até o dia de sua morte, ele se dedicou ao estudo da fisiologia,
realizando, entre outras, pesquisas relativas à respiração e à transpiração.
As Contribuições Científicas de
Lavoisier
Em
reações químicas ordinárias, a conversão de massa em energia é tão pequena que
não é significativa. Assim, em sentido restrito, a lei que rege as reações
químicas diz respeito apenas à matéria que nelas intervém: é a LEI DA
CONSERVAÇÃO DA MASSA estabelecido por Lavoisier: durante o processo químico, há
somente a transformação das substâncias reagentes em outras substâncias, sem
que haja perda nem ganho de matéria. Todos os átomos das substâncias reagentes
devem ser encontrados, embora combinados de outra forma, nas moléculas dos
produtos. Outra condição: a conservação da carga elétrica. A carga total dos
produtos deve ser igual à carga total dos reagentes. No final do século XVIII,
Lavoisier concluía que a quantidade de calor necessária para decompor uma
substância é igual àquela liberada durante sua formação. Iniciava-se, dessa
maneira, novo capítulo da físico-química, que estuda os calores de reação e
fenômenos com eles relacionados.
Oxigênio
Laviosier descobriu sua função na
respiração, nas oxidações, nas reações químicas e foi também quem propôs o seu
atual nome. Indicou o oxigênio como um dos constituintes do ar. Em 1781, ele o
indica como o responsável pelo processo de combustão e da respiração. Por volta
de 1774, o químico francês realizava experiências sobre a combustão e a
calcinação de substâncias. E observava que, dessas reações, sempre resultavam
óxidos cujo peso era maior que o das substâncias originalmente usadas.
Informado sobre as características do gás que ativava a queima de outras
substâncias, passou a fazer experiências com o mesmo e acabou por deduzir que a
combustão e a calcinação nada mais eram que o resultado da combinação do gás
com as outras substâncias. E que o peso aumentado dos compostos resultantes
correspondia ao peso da substância inicialmente empregada, mais o do gás a ela
incorporado através da reação. Dessa constatação, Lavoisier extraiu o seu
princípio, hoje muito conhecido: "Nada se cria, nada se perde, tudo se
transforma" e deu ao elemento o nome de oxigênio, ou seja, gerador de
ácidos. O sentido mais comum de combustão é o da queima de uma substância com
desenvolvimento de luz e calor. Antes de Lavoisier, a mais satisfatória
explicação sobre a natureza dos fenômenos de combustão foi dada pela teoria do
flogístico, estabelecida em 1697 pelo químico alemão Georg Ernst Stahl
(1660-1734). Segundo essa teoria, toda substância combustível possuiria dentro
de si um constituinte invisível chamado flogístico, capaz de se desprender com
produção de luz e deixando como resíduo a cinza. Quanto menor a quantidade de
cinza deixada pelo combustível, tanto maior seria seu teor do fantasmagórico
flogístico.
Hidrogênio
Conhecido desde o século XVI -
era o "ar inflamável" obtido quando se jogava limalha de ferro sobre
ácido sulfúrico - foi alvo de diversos estudos dos quais resultou seu nome. Em
fins de 1700, o químico inglês Cavendish observou que da chama azul do gás
pareciam se formar gotículas de água e Lavoisier, em 1783, se baseava nisso
para sugerir o nome hidrogênio, do grego "gerador de água".
Simplesmente, durante a combustão o hidrogênio se combina com oxigênio, dando
água.
Nitrogênio
Azoto quer dizer "sem
vida". Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até
então conhecido como "ar mefítico". O ar mefítico havia sido
descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados,
verificou que, exaurido o oxigênio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao
gás carbônico. O gás recém descoberto não ativava a combustão e não podia ser
respirado; era, portanto, "alheio à vida". Lavoisier não podia sequer
imaginar que o elemento "sem vida" era um componente fundamental dos
organismos vivos: achava-se presente nos aminoácidos. É também parte essencial
no ciclo biológico das plantas, responsáveis, em última análise, pela
sobrevivência dos seres vivos. Como o azoto era componente dos nitratos,
recebeu mais tarde o nome de nitrogênio (isto é, gerador de nitro). É um dos
elementos mais difundidos, encontrado no ar em estado livre, na proporção de
78,03%, e combinado nos nitratos, como o salitre do Chile.
Obras principais
A maior parte das obras está dispersa nos vários periódicos científicos
que se publicavam na época:
1787 - Método de Nomenclatura Química, trabalho com que reformulou a
terminologia química, com a colaboração de Louis B. Guyton de Morveau e Antoine
F. Fourcroy;
1789 - Tratado Elementar de Química, no qual define e apresenta sob
forma lógica suas novas idéias e a primeira lista de "substâncias
simples" (luz, calor, oxigênio, azoto e hidrogênio);
1791 - A Riqueza Agrícola do Solo da França, estudo relacionado com um
novo esquema de taxação da propriedade rural.
FONTES:
http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/lavoisie.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_Lavoisier
http://www.brasilescola.com/quimica/lavoisier.htm
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