sábado, 11 de janeiro de 2014

Lavoisier - Biografia e Obra



              

             Em 26 de agosto de 1743 nasceu o químico francês Antoine Laurent de Lavoisier. Filho de uma família que pertencia à nobreza francesa teve uma excelente educação, estudando nas melhores escolas francesas. Em 1764 graduou-se em direito, mas nunca exerceu a profissão.
            Lavoisier tinha um grande interesse pelas ciências, o que o estimulou durante o seu curso universitário a assistir aos cursos de professores conceituados ligados à área de ciências; talvez o direito tenha perdido um bom advogado, mas a química ganhou um de seus mais célebres cientistas.
                Lavoisier dedicou-se a uma variedade de serviços sociais e científicos.Em 1768 associou-se à Ferme Générale, uma organização de financistas que,através de um convênio com o governo, o direito de coletar exercia impostos relativos a um grande número de produtos comerciais. A cobrança de impostos era altamente repressiva, pois a nobreza e o clero estavam isentos de impostos. Estes eram pagos por aqueles que não eram nem da nobreza nem do clero, ou seja, os que pertenciam às classes sociais inferiores. Esse sistema não era só opressivo, era também corrupto. A ligação de Lavoisier com a Ferme Générale e seu envolvimento com o governo monárquico eram muito malvistos pela população e não passaram despercebidos no clima conturbado da França pré-revolucionária. Essa associação acabaria por custar-lhe a vida. Lavoisier foi preso e acusado de peculato. Julgado culpado, foi conduzido à guilhotina e executado em 8 de maio de 1794. Comenta-se que, no dia seguinte, o famoso matemático Joseph-Louis Lagrange teria dito: "Não necessitaram senão de um momento para fazer cair essa cabeça e cem anos não serão suficientes para reproduzir outra semelhante".
            Lavoisier é conhecido como o introdutor da Química Moderna. Em 1789 lançou uma publicação que é considerada o marco da Química Moderna, "Tratado Elementar da Química", que logo foi traduzido para várias línguas.
                A freqüente utilização da balança pode ser considerada uma das principais características do trabalho de pesquisa de Lavoisier. Isso o levou à descoberta da importância fundamental da massa da matéria em estudos químicos, o que fez concluir que a soma das massas dos reagentes é igual à soma das massas dos produtos de uma reação, ou seja, a famosa "Lei da conservação das massas". Lavoisier criou uma nomenclatura das substâncias químicas semelhante à que ainda está em uso; surgiram, assim, os compostos do oxigênio, enxofre e fósforo, respectivamente. Deve-se a ele também a conclusão de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio. Isso, na época, foi surpreendente, pois a água era tida como substância simples, ou seja, impossível de se decompor.
                A partir da publicação do "Tratado Elementar da Química" até o dia de sua morte, ele se dedicou ao estudo da fisiologia, realizando, entre outras, pesquisas relativas à respiração e à transpiração.

As Contribuições Científicas de Lavoisier

              Em reações químicas ordinárias, a conversão de massa em energia é tão pequena que não é significativa. Assim, em sentido restrito, a lei que rege as reações químicas diz respeito apenas à matéria que nelas intervém: é a LEI DA CONSERVAÇÃO DA MASSA estabelecido por Lavoisier: durante o processo químico, há somente a transformação das substâncias reagentes em outras substâncias, sem que haja perda nem ganho de matéria. Todos os átomos das substâncias reagentes devem ser encontrados, embora combinados de outra forma, nas moléculas dos produtos. Outra condição: a conservação da carga elétrica. A carga total dos produtos deve ser igual à carga total dos reagentes. No final do século XVIII, Lavoisier concluía que a quantidade de calor necessária para decompor uma substância é igual àquela liberada durante sua formação. Iniciava-se, dessa maneira, novo capítulo da físico-química, que estuda os calores de reação e fenômenos com eles relacionados.

Oxigênio

                     Laviosier descobriu sua função na respiração, nas oxidações, nas reações químicas e foi também quem propôs o seu atual nome. Indicou o oxigênio como um dos constituintes do ar. Em 1781, ele o indica como o responsável pelo processo de combustão e da respiração. Por volta de 1774, o químico francês realizava experiências sobre a combustão e a calcinação de substâncias. E observava que, dessas reações, sempre resultavam óxidos cujo peso era maior que o das substâncias originalmente usadas. Informado sobre as características do gás que ativava a queima de outras substâncias, passou a fazer experiências com o mesmo e acabou por deduzir que a combustão e a calcinação nada mais eram que o resultado da combinação do gás com as outras substâncias. E que o peso aumentado dos compostos resultantes correspondia ao peso da substância inicialmente empregada, mais o do gás a ela incorporado através da reação. Dessa constatação, Lavoisier extraiu o seu princípio, hoje muito conhecido: "Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" e deu ao elemento o nome de oxigênio, ou seja, gerador de ácidos. O sentido mais comum de combustão é o da queima de uma substância com desenvolvimento de luz e calor. Antes de Lavoisier, a mais satisfatória explicação sobre a natureza dos fenômenos de combustão foi dada pela teoria do flogístico, estabelecida em 1697 pelo químico alemão Georg Ernst Stahl (1660-1734). Segundo essa teoria, toda substância combustível possuiria dentro de si um constituinte invisível chamado flogístico, capaz de se desprender com produção de luz e deixando como resíduo a cinza. Quanto menor a quantidade de cinza deixada pelo combustível, tanto maior seria seu teor do fantasmagórico flogístico.
Hidrogênio
Conhecido desde o século XVI - era o "ar inflamável" obtido quando se jogava limalha de ferro sobre ácido sulfúrico - foi alvo de diversos estudos dos quais resultou seu nome. Em fins de 1700, o químico inglês Cavendish observou que da chama azul do gás pareciam se formar gotículas de água e Lavoisier, em 1783, se baseava nisso para sugerir o nome hidrogênio, do grego "gerador de água". Simplesmente, durante a combustão o hidrogênio se combina com oxigênio, dando água.

Nitrogênio

                   Azoto quer dizer "sem vida". Este nome, sugerido por Lavoisier, designava um novo elemento, até então conhecido como "ar mefítico". O ar mefítico havia sido descoberto em 1722, quando Priestley, queimando corpos em vasos fechados, verificou que, exaurido o oxigênio do ar, restava ainda um gás inerte junto ao gás carbônico. O gás recém descoberto não ativava a combustão e não podia ser respirado; era, portanto, "alheio à vida". Lavoisier não podia sequer imaginar que o elemento "sem vida" era um componente fundamental dos organismos vivos: achava-se presente nos aminoácidos. É também parte essencial no ciclo biológico das plantas, responsáveis, em última análise, pela sobrevivência dos seres vivos. Como o azoto era componente dos nitratos, recebeu mais tarde o nome de nitrogênio (isto é, gerador de nitro). É um dos elementos mais difundidos, encontrado no ar em estado livre, na proporção de 78,03%, e combinado nos nitratos, como o salitre do Chile.



Obras principais

A maior parte das obras está dispersa nos vários periódicos científicos que se publicavam na época:
1787 - Método de Nomenclatura Química, trabalho com que reformulou a terminologia química, com a colaboração de Louis B. Guyton de Morveau e Antoine F. Fourcroy;
1789 - Tratado Elementar de Química, no qual define e apresenta sob forma lógica suas novas idéias e a primeira lista de "substâncias simples" (luz, calor, oxigênio, azoto e hidrogênio);
1791 - A Riqueza Agrícola do Solo da França, estudo relacionado com um novo esquema de taxação da propriedade rural. 



FONTES:

http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/person/lavoisie.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Antoine_Lavoisier
http://www.brasilescola.com/quimica/lavoisier.htm

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